Quatro moços com ideias na cabeça e uma proposta diferente: juntar um dos ritmos brasileiros mais famosos mundo afora, o choro, com música regional da Serra Catarinense, como bugio, rancheira e xote.
O percussionista Rodrigo Velho explica que a ideia, na verdade, é juntar dois ritmos regionais. “Antes de ser brasileiro, o choro é carioca”. Ele, que tocou no primeiro grupo de choro de Lages, o Gralha Réis, explica que o principal compositor da banda é o bandolineiro Alexandre Bueno, que já morou em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Ele trouxe a influência de lá e também tem a influência da música regional daqui da serra, então acho que é fácil para ele juntar as duas coisas”.
O show do dia 14 de fevereiro, as 20h, no Centro Social da Igreja Matriz, tem uma hora de duração e começa com músicas mais serranas e terminam com choro. A junção de dois estilos bem diferentes se vê até na indumentária dos integrantes. Na cabeça o chapeu panamá, símbolo do choro, com uma camisa aberta, que mostra toda a ‘malandragem’ do ritmo carioca. Da cintura para baixo, a pilcha domina com a bombacha nas pernas e alpargatas nos pés.
O nome ‘Esses moços’, vem de uma canção de Lupcínio Rodrigues, portoalegrense que compunha ritmos como marchinhas de carnaval e sambas canção. Mais uma vez, juntando a cultura sulista com a carioca.
Mesclar dois tipos de música tão distintos parece ser mais um exercício teórico do que um problema prático para os músicos. “Definir o que é um ritmo é muito complicado. Quando você toca uma vaneira, por exemplo, você vê que ela tem características de choro, pois a escrita é basicamente a mesma”.
Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga e Heitor Villa Lobos são alguns dos nomes mais consagrados do ritmo, sendo que este último considerava o ritmo como “a verdadeira encarnação da alma brasileira”. Desde 2000, se comemora o dia do choro, em 23 de abril, homenageando o nascimento de Pixinguinha.
O Choro, gênero musical Brasileiro conhecido em todo mundo, antes de ser Brasileiro é regional carioca. Esses Miços apresentam um choro Regional Serrano, com uma proposta de repertório de músicas inéditas e ritmos regionais da Serra Catarinense e do Sul do País como Bugio, Rancheira e Xóte intercalados com Valsa, choro, Polca, Samba Choro e Choro Canção.
Quando? 14 de fevereiro - 20h
Onde? Centro Social da Igreja Matriz de São Bento do Sul
Bairro Centro
ESTE EVENTO É UMA PARCERIA ENTRE A PREFEITURA MUNICIPAL, FUNDAÇÃO CULTURAL E SESC DE SÃO BENTO DO SUL
Foto: Michel Martins/Divulgação
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